A Inteligência Artificial já está tão integrada ao nosso cotidiano que, muitas vezes, nem percebemos o impacto que ela tem. Desde assistentes virtuais até algoritmos que organizam o conteúdo que consumimos, a IA está em praticamente todos os lugares. Recentemente, fiquei impressionado ao descobrir que o sistema judiciário do Brasil já possui quase 140 projetos envolvendo IA, como o VICTOR, uma ferramenta utilizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para agilizar a tramitação de processos. A IA está muito além das assistentes domésticas e dos modelos generativos que usamos no dia a dia; ela também pode revolucionar operações estruturais, como a gestão de grandes empreendimentos.
Essa revolução tecnológica não está restrita a áreas isoladas. Nas empresas, por exemplo, a IA tem o potencial de atuar de forma transversal, sua implantação nas empresas pode ocorrer em três contextos principais: automação de processos, geração de conteúdo e predição. Quando a IA é integrada a sistemas de RPA (Automação Robótica de Processos), ela amplia o escopo, a velocidade e a assertividade de processos automatizados, tornando-os ainda mais eficientes. No campo criativo, a IA Generativa já está revolucionando áreas como criação de conteúdo e produção audiovisual. Mas é no contexto de predição que a verdadeira transformação pode acontecer: aqui, a IA se torna uma parceira estratégica, ajudando a antecipar cenários e a tomar decisões mais inteligentes nas rotinas operacionais.
Nos primeiros dois casos, a integração da IA pode ser rápida, e em questão de dias já é possível perceber seus benefícios. Existem inúmeras soluções disponíveis no mercado prontas para serem implantadas e gerar valor quase imediatamente. Já o contexto preditivo exige um planejamento mais robusto, focado em médio prazo. Para que a IA realmente atue como uma parceira estratégica, é necessário construir uma base de dados histórica, permitindo que ela "aprenda" sobre o negócio e se torne uma integrante ativa nas decisões da empresa.
A implementação da IA em qualquer organização segue algumas etapas claras. Primeiro, é preciso identificar o problema específico que se quer resolver. A IA só será eficaz se for direcionada para um objetivo claro. Depois, vem a fase de coleta e organização dos dados, que são o verdadeiro combustível da IA. Sem dados de qualidade, ela simplesmente não funciona.
Agora, se pensarmos na gestão de grandes empreendimentos, como Shopping Centers, a IA pode desempenhar um papel transversal em todas as áreas operacionais. Imagine uma IA que, além de otimizar o relacionamento com lojistas, também auxilia na limpeza, manutenção, segurança e até no estacionamento. No setor de segurança, por exemplo, a IA pode monitorar câmeras em tempo real, identificando comportamentos suspeitos antes que eles se tornem problemas, analisar base histórica de incidentes e auxiliar na tomada de decisão sobre investimentos. Na manutenção, ela pode prever falhas em equipamentos com base em dados históricos, garantindo que os reparos sejam feitos antes de qualquer interrupção. As atividades poderiam se tornar mais eficientes, saindo de um modelo arcaico de manutenção por tempo para um modelo eficiente de estado. No estacionamento, a IA pode oferecer uma experiência personalizada, indicando vagas disponíveis e otimizando rotas dentro do espaço, analisar fluxos de ocupação, analisar bases históricas de incidentes orientando os times operacionais em grandes datas sazonais. A operação saíria do “filem” para a tomada de decisão objetiva diminuindo a dependência de alguns indivíduos chaves.
A aplicação da IA em empreendimentos dessa magnitude não só transforma a gestão operacional, mas também melhora a experiência dos clientes e reduz custos. Acredito que estamos apenas começando a explorar o potencial dessas tecnologias, e a revolução que elas podem trazer para setores que lidam com grandes volumes de dados e operações complexas é imensa. Empresas que abraçarem essa transformação terão uma vantagem significativa, não apenas na eficiência, mas também na forma como se conectam com seus clientes e gerenciam suas operações. O futuro da gestão de operações pode ser moldado pela IA, e as oportunidades são infinitas para quem souber aproveitá-las. Estou de olho e ansioso para experimentar!
コメント